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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Stocks de motos de 125cc esgotados


Nunca se venderam tantos motociclos de 125cc como nas últimas semanas. Os stocks esgotaram e a procura continua. Tudo por causa da nova lei que habilita os titulares de carta automóvel a poder conduzir aqueles veículos.

Desde que a "Lei das 125" foi aprovada na Assembleia da República, no passado mês de Maio, que o interesse por aqueles motociclos vinha crescendo a olhos vistos. Todavia, foi a partir do dia 14, quando a lei efectivamente entrou em vigor, que as vendas dispararam. Nas duas últimas semanas, bateram-se todos os recordes de vendas de 125. Houve ruptura de stocks e já há longas listas de espera para os modelos mais procurados.

"Temos tudo esgotado. Vendi mais 125 nos últimos 15 dias no que nos últimos cinco anos", afirma Abel Pereira, do stand Horizmoto, no Porto. É quase impossível quantificar percentualmente o aumento de vendas porque o mercado das 125 era quase inexistente. "Já que tinham de tirar a carta de mota, as pessoas, normalmente, optavam por um modelo superior, por exemplo, uma 250cc.", explica. Isso também justifica a procura por motas novas. Antes, vendiam-se tão poucas 125 que praticamente não há mercado de usados.

"As 125 tinham uma procura quase insignificante", confirma André Silva do stand Motorboxe, no Porto. "No último ano, vendi duas ou três por mês, agora vendo duas ou três por dia", compara. Mesmo estando preparados para um aumento de procura por causa da nova legislação, André Silva admite que a oferta não foi suficiente para a procura e que houve uma ruptura de stock.

Aliás, o crescimento foi tanto que a Honda já introduziu três novos modelos de 125cc que, até há duas semanas, não estavam disponíveis no mercado nacional. "É um mercado que vai ser muito importante e que pode florescer até um bocadinho acima das previsões mais optimistas", antecipa André Silva.

Tiago Gonçalves, da Motor7, em Lisboa, também notou uma muito maior procura, "especialmente por parte de mulheres". E vaticina que "esta nova legislação poderá ser o tiro de partida para um novo tipo de condutor, citadino, à semelhança do que sucede em várias capitais europeias".

Para já, ainda não há números oficias de vendas, mas tudo indica que serão muito grandes. "Não há estimativas, é tudo muito novo, mas, atendendo ao entusiasmo, podemos antecipar uma transferência de automóveis para motociclos muito interessante", afirma José Barros Rodrigues, da Comissão de Motociclos da Associação do Comércio Automóvel de Portugal.

Os principais motivos para a escolha destes veículos são a poupança e a mobilidade, daí as scooters serem os modelos mais preferidos. Gastam pouco mais do que 2 lt aos 100 km, não pagam imposto de circulação, os seguros são baratos, exigem uma baixa manutenção e ainda são amigas do ambiente. Quanto aos preços, podem custar entre os 1500 e os 5000 euros.

Clientes tipo

Quarentões aficionados- Ligados ao fenómeno das motas, mas que nunca tinham tirado a respectiva carta.

Citadinos racionais - Motivados por uma maior mobilidade nos centros urbanos, facilidade de estacionamento e economia nos custos.

Sexo feminino - Nalguns casos, a venda de motociclos a mulheres duplicou em duas semanas.

Vantagens dos motociclos

Estudo mostra benefícios - Um estudo do Instituto Superior Técnico, realizado em 2005, demonstra as consequências de uma transferência do parque automóvel urbano para motociclos até 250cc, na Área Metropolitana de Lisboa. Se apenas 10% dos automobilistas trocassem os seus veículos por motociclos isso provocaria um grande impacto em termos ambientais e económicos.

54 mil toneladas de CO2 - Para além dos evidentes benefícios para a qualidade do ar, a redução das emissões de dióxido de carbono em mais de 50 mil toneladas também iria permitir uma poupança de 800 mil euros.

6 milhões de euros - Consumiriam-se menos 17 mil toneladas de combustível, o que iria permitir uma poupança na importação de produtos petrolíferos na ordem dos 6 milhões de euros, segundo os preços de 2005.

96 hectares livres - Ganhar-se-ia uma área equivalente a 96 campos de futebol no tecido urbano.

Fonte: jn.sapo.pt


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sul Espanha 2009 – Parte II

6ª-Feira – 14 de Agosto
Acordei relativamente cedo mas sem grande pressa, tomei banho, comi, e comecei a arrumar a ‘trouxa’ calmamente. Veio ter comigo um espanhol a perguntar de onde era e onde tinha comprado as malas laterais, porque ele tinha uma GS 1200 e gostava do modelo. Lá o esclareci e disse-lhe que ia ter com um amigo que tinha uma Varadero 1000 e vinha de Moura em direcção a Arcos de la Frontera e que depois seguíamos em direcção a Ronda. Por coincidência ele era de Arcos de la Frontera e indicou-me os percursos mais agradáveis a fazer e que não podia perder por nada a estrada de Ronda para Marbella. Enquanto terminei as arrumações ainda foi chamar a mulher para também ver as malas!
Acabei por sair do parque já perto do meio-dia e em direcção a Arcos de la Frontera com passagem por Medina-Sidonia. Esta zona tem uma paisagem parecida com o Alentejo, mas como parece que é algo ventosa encontram-se bastantes geradores eólicos.



Arcos de la Frontera

Chegado a Arcos lá telefonei para saber da minha companhia para o resto da viagem, mas afinal saiu-me um motociclista de sofá. Como ainda achei cedo para almoçar segui para El Bosque, tendo aqui início a paisagem de montanha e entrada na zona do Parque Nacional de los Alcornocales. A estrada também é típica de montanha, curvas consecutivas, por montes e vales e uma vista muito boa. O piso é bom e em bom estado.

Lá almocei em El Bosque e segui em direcção a Ronda com passagem por Grazalema. Grazalema é uma pequena vila encaixada num vale e que tem um aspecto muito limpo e cuidado e tem logo na entrada um pequeno parque de campismo e uma piscina com aspecto muito apelativo e com uma vista a condizer.





Grazalema


Depois de muitas fotos e comentários, lá vi finalmente Ronda ao vivo e a cores. È uma terra bastante agradável e limpa, já muito virada ao turismo, principalmente em torno da sua singular ponte e da sua praça de Touros (que dizem ser a 1ª em Espanha!!).
Depois de uma pequena volta acabei por estacionar ao lado da Praça de Touros junto a uma XT660 e uma Triumph Bonneville. Lá dei uma volta a pé até ao miradouro que fica perto, tirei umas fotos, vi a Praça de Touros por fora e quando ia em direcção à zona da ponte vi que havia dois polícias a multar as 3 motos. Maaau!! Assim que me aproximei um dos polícias pergunta logo se a moto era minha, disse que sim e que ia já sair tinha só ido tirar uma foto. Só nessa altura é que vi que havia umas fitas para não se estacionar, é que ia haver uma festa e iam montar equipamento de som. Lá me safei da multa, mas as outras duas motos lá ficaram com o papelinho cor-de-rosa!!
Atravessei a ponte e fui estacionar um pouco mais distante para poder visitar o centro mais descansado. Lá visitei o centro interpretativo da ponte e mais um museu e a zona histórica e a ponte velha. Realmente arrepiante é a grandeza da ponte, nem com as fotos se tem a percepção real da dimensão da obra que levou 29 anos a ser concluída. Impressionante!








Quando já se aproximava o final da tarde sai em direcção a Marbella para fazer a tal estrada que não podia perder. São 43km realmente muito bons, paisagem espectacular e com curvas e mais curvas… mas também cheia de rails desprotegidos, que só de olhar arrepiam. Aqui Portugal leva claramente vantagem. Nessa estrada cruzei-me com muitos motociclistas, ao que parece é uma espécie de Cabo da Roca local, segundo apurei pela net já cá em Portugal.
De Marbella cruzei Estepona e segui em direcção a La Línea que já se fazia tarde. Lá encontrei o amigo e anfitrião J. Bartolo e depois de ‘assentar arraial’ lá fomos procurar jantar.



Este 2º dia foi um hino ao Mototurismo.
Segue dentro de momentos…

sábado, 22 de agosto de 2009

O Imbecil de Serviço

Infelizmente ainda há muitos exemplares destes imbecis e inúteis utilizadores de 2 rodas.



Tenho pena é da GSXR…

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Sul Espanha 2009 – Parte I

Aproveitei os últimos 4 dias de férias em Agosto para fazer uma voltinha de moto pela Andaluzia. A partida foi a 13 de Agosto, 5ª-Feira e regresso a 16 de Agosto, Domingo.
Em linhas gerais o percurso foi este:
5ª-Feira – 13 de Agosto
Partida de Moura em direcção ao Rosal de la Frontera e incursão pelo percurso que faço habitualmente quando me desloco até ao Algarve. O percurso até Gibraleon é normalmente agradável de se fazer, quer pela paisagem, quer pelas curvas, mas de momento tem várias zonas em obras o que o torna um pouco perigoso.
Primeira paragem para reabastecimento perto de Huelva, que mesmo com o aumento do imposto sobre combustíveis em Espanha ainda está bem mais barato que em Portugal. Segui em direcção a Mazagon que é já zona costeira, com praia e zona tipicamente balnear. A estrada costeira é bastante agradável e com passagem por várias praias ao longo da costa até Matalascañas.
Na zona de Matalascañas a estrada retoma novamente para o interior pois a partir dai é o Parque Nacional Doñana. Neste parque existe um projecto de preservação do Lince Ibérico e um centro de reprodução em cativeiro que tem tido bastante sucesso. Confesso que esperava uma paisagem mais de montado (estilo Alcornocales), e não tanta areia e pinhal, mas pareceu-me bastante cuidado e organizado. Mais informação AQUI.
A fome já apertava e decido seguir para El Rocio onde almocei. O calor já começava a rondar os 38ºC e decidi voltar até uma entrada por onde tinha passado uns km antes, El Acebuche, um centro de visitantes do parque, que por acaso estava fechado até às 4 da tarde mas que tinha sombra, wc e um parque de merendas onde descansei até me fazer de novo à estrada.



De novo na estrada em direcção a Sevilha, com passagem por Villamanrique de la Condesa, já com o Parque Doñana para trás. Chegado ao centro de Sevilha estaciono e decido passear um pouco a pé pela zona da catedral, que a essa hora já estava fechada… Sevilha é uma cidade também muito turística, com muitos visitantes estrangeiros a passearem pela zona e a ‘derreterem’ com o calor brutal. Quando já ia de saída, por volta da 18:30h, os placares de rua ainda marcavam 40ºC.





Sai de Sevilha em direcção a Cádiz, pois nas minhas pesquisas tinha visto uns parques de campismo a sul de Cádiz na zona de Chiclana de la Frontera e Conil de la Frontera. Cheguei a Chiclana e não vi uma única indicação de Camping, pelo que decidi perguntar num café, aplicando o meu melhor Castellano!!! O senhor lá me deu as indicações, mas como ainda era longe a coisa foi um bocado ‘genérica’.
Meto-me ao caminho e vou realmente ter a uma zona balnear, muito ao estilo Albufeira e Quarteira, a abarrotar de carros, pessoas e até engarrafamentos. Encontrei várias indicações de praia, hotel…. Golf, mas camping nem vê-las. Lá tive que ir perguntando a várias pessoas e lá consegui chegar ao local, finalmente – Camping La Rana Verde, é preciso mesmo querer ir lá porque não há uma única placa com indicação do mesmo.
O parque tem boas condições, é limpo e apesar de um pouco cheio é sossegado pois fica afastado da tal ‘Albufeira’, mas em Agosto e durante o GP de Jerez cobram uma parcela completa, o que acaba por prejudicar quem vai de moto e com uma tenda pequena, mas enfim, como era apenas uma noite passou.
Depois de montar acampamento acabei por jantar pelo restaurante do parque, que até tinha música ao vivo, e ‘caminha’, que já ia com 450 km nos costados.
Segue dentro de momentos…

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Madrid

Enquanto preparo umas fotos do passeio de fim de férias em moto pelo sul de Espanha, deixo aqui umas fotos do início de férias, mais a norte.


As motos além de serem meio de transporte de grande adesão e fácil estacionamento, podem estacionar em cima do passeio conforme as regras descritas AQUI , podem também circular na faixa BUS. Ainda temos muito que evoluir em relação a este tema.

Os heróis em cera:

Angel Nieto


Sito Pons


Alex Crivillé