6ª-Feira – 14 de Agosto
Acordei relativamente cedo mas sem grande pressa, tomei banho, comi, e comecei a arrumar a ‘trouxa’ calmamente. Veio ter comigo um espanhol a perguntar de onde era e onde tinha comprado as malas laterais, porque ele tinha uma GS 1200 e gostava do modelo. Lá o esclareci e disse-lhe que ia ter com um amigo que tinha uma Varadero 1000 e vinha de Moura em direcção a Arcos de la Frontera e que depois seguíamos em direcção a Ronda. Por coincidência ele era de Arcos de la Frontera e indicou-me os percursos mais agradáveis a fazer e que não podia perder por nada a estrada de Ronda para Marbella. Enquanto terminei as arrumações ainda foi chamar a mulher para também ver as malas!
Acabei por sair do parque já perto do meio-dia e em direcção a Arcos de la Frontera com passagem por Medina-Sidonia. Esta zona tem uma paisagem parecida com o Alentejo, mas como parece que é algo ventosa encontram-se bastantes geradores eólicos.
Arcos de la Frontera
Chegado a Arcos lá telefonei para saber da minha companhia para o resto da viagem, mas afinal saiu-me um motociclista de sofá. Como ainda achei cedo para almoçar segui para El Bosque, tendo aqui início a paisagem de montanha e entrada na zona do Parque Nacional de los Alcornocales. A estrada também é típica de montanha, curvas consecutivas, por montes e vales e uma vista muito boa. O piso é bom e em bom estado.
Lá almocei em El Bosque e segui em direcção a Ronda com passagem por Grazalema. Grazalema é uma pequena vila encaixada num vale e que tem um aspecto muito limpo e cuidado e tem logo na entrada um pequeno parque de campismo e uma piscina com aspecto muito apelativo e com uma vista a condizer.
Grazalema
Depois de muitas fotos e comentários, lá vi finalmente Ronda ao vivo e a cores. È uma terra bastante agradável e limpa, já muito virada ao turismo, principalmente em torno da sua singular ponte e da sua praça de Touros (que dizem ser a 1ª em Espanha!!).
Depois de uma pequena volta acabei por estacionar ao lado da Praça de Touros junto a uma XT660 e uma Triumph Bonneville. Lá dei uma volta a pé até ao miradouro que fica perto, tirei umas fotos, vi a Praça de Touros por fora e quando ia em direcção à zona da ponte vi que havia dois polícias a multar as 3 motos. Maaau!! Assim que me aproximei um dos polícias pergunta logo se a moto era minha, disse que sim e que ia já sair tinha só ido tirar uma foto. Só nessa altura é que vi que havia umas fitas para não se estacionar, é que ia haver uma festa e iam montar equipamento de som. Lá me safei da multa, mas as outras duas motos lá ficaram com o papelinho cor-de-rosa!!
Atravessei a ponte e fui estacionar um pouco mais distante para poder visitar o centro mais descansado. Lá visitei o centro interpretativo da ponte e mais um museu e a zona histórica e a ponte velha. Realmente arrepiante é a grandeza da ponte, nem com as fotos se tem a percepção real da dimensão da obra que levou 29 anos a ser concluída. Impressionante!
Quando já se aproximava o final da tarde sai em direcção a Marbella para fazer a tal estrada que não podia perder. São 43km realmente muito bons, paisagem espectacular e com curvas e mais curvas… mas também cheia de rails desprotegidos, que só de olhar arrepiam. Aqui Portugal leva claramente vantagem. Nessa estrada cruzei-me com muitos motociclistas, ao que parece é uma espécie de Cabo da Roca local, segundo apurei pela net já cá em Portugal.
De Marbella cruzei Estepona e segui em direcção a La Línea que já se fazia tarde. Lá encontrei o amigo e anfitrião J. Bartolo e depois de ‘assentar arraial’ lá fomos procurar jantar.
Este 2º dia foi um hino ao Mototurismo.
Segue dentro de momentos…
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